Adentro feito pelo Ir" Yuri Brito sobre o conto A Lenda do Templo:

Como vocês puderam perceber, meus irmãos, o texto lido anteriormente (A Lenda do Templo) se encaixa perfeitamente na situação na qual nos encontramos agora. Mas, ao contrário do que vocês devem estar pensando, tal texto não foi escrito por mim, nem pelo Rodrigo, muito menos por qualquer outro membro do capítulo. Foi criado por outros, outros os quais enfrentaram os mesmos problemas que enfrentamos agora. Acredito que vocês devem ter refletido durante a leitura e perceberam que praticamente todas as falhas citadas se adequam a cada um de nós.
 A ignorância, ganância, vaidade... Mas principalmente a falta de interesse, tal qual tem se mostrado cada vez maior por parte de TODOS os membros do capítulo. Foi dito na última reunião que “hoje os DeMolays não querem saber de dureza”, e pra falar a verdade não querem mesmo. Alguns não vem a reunião por puro desprazer, e, muitas vezes, os que se fazem presentes não veem a hora de deixar os trabalhos e ir para casa, pois a reunião está cansativa para eles, está maçante. E dentre este meio se destacam vários porquês, já tão manjados, de estarmos nesta situação. Porquês os quais são estabelecidos, mas que não ajudam em muita coisa, tanto é que ainda estamos na mesma.
 Isso tudo me leva a pensar se o verdadeiro problema está na extensa ata, redigida lida com vigor pelo irmão escrivão, se o problema estaria mesmo na pauta que, felizmente, abrange longos assuntos e debates, nas diferenças intelectuais e/ou físicas dos membros, ou se o problema estaria em nós mesmos, nos tornando preguiçosos e desinteressados. Se cada um buscasse ver aos nossos trabalhos como pontes de aprendizado, não só para com o próprio capítulo, mas para com a vida, duvido que as condições não melhorariam, duvido que o capítulo não voltaria às ativas, duvido. Devemos aprender que a união e força de vontade devem andar juntas para que sejam efetivas. Tudo pode, e vai, ser diferente. Conto com cada um de vocês.


Trabalho apresentado em reunião (16/02/13) por Rodrigo Sepini e Yuri Brito:

A lenda do Templo

Um dia um velho cavaleiro, cortês e leal sentado em uma pedra bruta pôs-se a refletir sobre sua vida e sobre seu trabalho na comunidade onde vivia. 
Como em um passe de mágico o tempo começou a se girar, e o cavaleiro no tempo caminhava para trás, logo em seguida percebeu que sua consciência podia mover o tempo, e foi quando de repente o tempo parou, e tudo eram Trevas e Escuridão. A única companhia que tinha era uma voz inaudível que falava em um diálogo em sua consciência, a voz lhe falava de um caminho serio e de retidão, e de uma Jornada Simbólica na qual passaria. 

O tempo gira mais uma vez, agora o tempo se move para frente, de repente ele ouve uma poderosa voz, dizendo: “Pode retirar a Venda”, em meio a um cataclisma emocional, e atordoado pela linda melodia que ouvia, veio à surpresa. Entre os raios de luz que ofuscavam seus olhos, reconhecia amigos e cada um deles lhe olhava com um olhar serio e suas posições lhe lembravam um poderoso brasão. 

Neste mesmo tempo, o tempo novamente avança, e tudo ao seu redor começa a girar, quando o tempo parou, lá estava ele como um Iniciático nos mistérios da Ordem. Tinha no peito um grande orgulho e em seu semblante um rosto sério e uma mente comprometida com sete virtudes cardeais. Ao seu lado seu Mestre lhe ensinava com satisfação todos os segredos e mistérios da Ordem, do modo de andar ao desembainhar da espada, o Mestre era rigoroso e tinha consciência da necessidade de agir como tal, porem era brando, paciente e tolerante. O Mestre ensinava seu oficio com habilidade e sabedoria, transmitia confiança e motivação a seus Iniciáticos. Praticavam grandes filantropias e o companheirismo era tão forte que seus irmãos tornaram-se sua segunda família. Era uma grande Escola, todos aprendiam que só com comprometimento e estudos chegavam a Mestres, e que o maior Mestre não é aquele que possui um colar e sim aquele Mestre que habita dentro de si no interior do seu coração, aquele que caminha para a Iluminação. 

De repente o tempo começa a se mover, tudo começa a girar ate parar no futuro, o velho cavaleiro vê alem de seu tempo, e novamente se encontra diante de sua escola. Nesse exato momento ele é arrebatado por uma grande decepção. Tudo estava diferente e decadente, o tempo corroeu suas bases. O Mestre então examina sua escola atentamente, e após uma reflexão, percebeu que em algum ponto do tempo houve uma grande falha. A essência da Ordem evaporou-se pelos ares poluídos da ignorância. Os princípios são apenas palavras e frases que não saem do papel, e o comprometimento de antes não é o mesmo. Os Iniciáticos nada mais aprendem, dos ensinamentos, já não tem o vigor daqueles tempos, falta-lhes motivação, galgam graus sem nada terem aprendidos. O seu braço já não é forte, sua postura perante a sociedade já não é a mesma, os profanos já não tem critérios para serem polidos ao entrar na Escola. E os Mestre... já não merecem assim ser chamados mais, perderam o amor pela Escola, o que realmente eles amam é a VAIDADE, já não ensinam mais, porque não sabem o que ensinar. A troca de favores por cargos dentro da Ordem parece ser o Objetivo. 

O que serão deles no futuro na sua maioridade quando se tornarem adultos? A escola tem a porta aberta, há um entra e sai constante. Muitos passam pela porta sem saber o porquê. A escola está dividida, a matéria venceu o espírito, as chamas se apagaram e a escuridão tomou conta, o pensamento profano invadiu suas reuniões, que já perderam a essência da sua Ritualística. A última vela à se apagar foi a que fica no meio das sete. 

Nesse momento o tempo volta ao normal e o velho cavaleiro assustado, ainda com o que viu, entendeu que acabara de receber sua Última Instrução: “Não há Força capaz de sustentar uma Instituição sem o apoio do Conhecimento”. Assim o velho Cavaleiro com sabedoria na cabeça e força no coração parte
Trabalho apresentado hoje em reunião (16/02/13) por mim e pelo Ir" Yuri Brito:


                                                   A lenda do Templo

Um dia um velho cavaleiro, cortês e leal sentado em uma pedra bruta pôs-se a refletir sobre sua vida e sobre seu trabalho na comunidade onde vivia. 
Como em um passe de mágico o tempo começou a se girar, e o cavaleiro no tempo caminhava para trás, logo em seguida percebeu que sua consciência podia mover o tempo, e foi quando de repente o tempo parou, e tudo eram Trevas e Escuridão. A única companhia que tinha era uma voz inaudível que falava em um diálogo em sua consciência, a voz lhe falava de um caminho serio e de retidão, e de uma Jornada Simbólica na qual passaria. 

O tempo gira mais uma vez, agora o tempo se move para frente, de repente ele ouve uma poderosa voz, dizendo: “Pode retirar a Venda”, em meio a um cataclisma emocional, e atordoado pela linda melodia que ouvia, veio à surpresa. Entre os raios de luz que ofuscavam seus olhos, reconhecia amigos e cada um deles lhe olhava com um olhar serio e suas posições lhe lembravam um poderoso brasão. 

Neste mesmo tempo, o tempo novamente avança, e tudo ao seu redor começa a girar, quando o tempo parou, lá estava ele como um Iniciático nos mistérios da Ordem. Tinha no peito um grande orgulho e em seu semblante um rosto sério e uma mente comprometida com sete virtudes cardeais. Ao seu lado seu Mestre lhe ensinava com satisfação todos os segredos e mistérios da Ordem, do modo de andar ao desembainhar da espada, o Mestre era rigoroso e tinha consciência da necessidade de agir como tal, porem era brando, paciente e tolerante. O Mestre ensinava seu oficio com habilidade e sabedoria, transmitia confiança e motivação a seus Iniciáticos. Praticavam grandes filantropias e o companheirismo era tão forte que seus irmãos tornaram-se sua segunda família. Era uma grande Escola, todos aprendiam que só com comprometimento e estudos chegavam a Mestres, e que o maior Mestre não é aquele que possui um colar e sim aquele Mestre que habita dentro de si no interior do seu coração, aquele que caminha para a Iluminação. 

De repente o tempo começa a se mover, tudo começa a girar ate parar no futuro, o velho cavaleiro vê alem de seu tempo, e novamente se encontra diante de sua escola. Nesse exato momento ele é arrebatado por uma grande decepção. Tudo estava diferente e decadente, o tempo corroeu suas bases. O Mestre então examina sua escola atentamente, e após uma reflexão, percebeu que em algum ponto do tempo houve uma grande falha. A essência da Ordem evaporou-se pelos ares poluídos da ignorância. Os princípios são apenas palavras e frases que não saem do papel, e o comprometimento de antes não é o mesmo. Os Iniciáticos nada mais aprendem, dos ensinamentos, já não tem o vigor daqueles tempos, falta-lhes motivação, galgam graus sem nada terem aprendidos. O seu braço já não é forte, sua postura perante a sociedade já não é a mesma, os profanos já não tem critérios para serem polidos ao entrar na Escola. E os Mestre... já não merecem assim ser chamados mais, perderam o amor pela Escola, o que realmente eles amam é a VAIDADE, já não ensinam mais, porque não sabem o que ensinar. A troca de favores por cargos dentro da Ordem parece ser o Objetivo. 

O que serão deles no futuro na sua maioridade quando se tornarem adultos? A escola tem a porta aberta, há um entra e sai constante. Muitos passam pela porta sem saber o porquê. A escola está dividida, a matéria venceu o espírito, as chamas se apagaram e a escuridão tomou conta, o pensamento profano invadiu suas reuniões, que já perderam a essência da sua Ritualística. A última vela à se apagar foi a que fica no meio das sete. 

Nesse momento o tempo volta ao normal e o velho cavaleiro assustado, ainda com o que viu, entendeu que acabara de receber sua Última Instrução: “Não há Força capaz de sustentar uma Instituição sem o apoio do Conhecimento”. Assim o velho Cavaleiro com sabedoria na cabeça e força no coração parte


Trabalho apresentado em reunião (16/02/13) pelo Ir" Igor Henrique:


DEÍSMO


O Deísmo expressa uma posição filosófica e também religiosa que aceita a ação divina na criação do mundo, convicção esta conquistada não por revelações de Deus, mas sim pela compreensão racional da Divindade, uma percepção que parte do conhecimento das leis que regem a vida e a Natureza. Esta doutrina nasceu no final do século XVII, na Inglaterra, fruto das teorias elaboradas por Lord Herbert Cherbury, o criador do deísmo britânico. Em princípios do século XVIII estas idéias se disseminaram pela França, onde surgiu a expressão que deu nome a este movimento – o deísmo.
Pensadores franceses desta época defendiam que os adeptos desta filosofia não tiveram a oportunidade de se tornar ateus, enquanto no século XIX outros filósofos do mesmo país afirmavam que os seguidores deste movimento nunca desejaram ser descrentes de Deus. Estes conceitos distintos revelam a polêmica em torno da definição concreta do Deísmo.

Pela lógica deste pensamento, que racionaliza a crença em Deus, não há necessidade de se institucionalizar a religião, ou seja, é dispensável a criação de cultos religiosos formais. Ao contrário do teísmo, que também afirma a existência do Criador, gerador de tudo que há, o Deísmo acredita que a interferência desta Divindade no mundo por ela produzido cessa exatamente neste momento. Ele lhe atribui leis que regerão a vida e seus mecanismos, depois deixa sua criação relegada às normas naturais instituídas por Ele; e, além disso, dispensa seus ritos de devoção.

Mas não há um consenso doutrinário nem mesmo entre os próprios deístas. Eles nem mesmo adotam uma doutrina exclusiva. É certo, porém, que eles substituem o conceito de ‘revelação divina’, os atributos dogmáticos e convencionais das religiões, pelo uso da razão, das experiências científicas, bem como pelo conhecimento das leis naturais. Deus, para os deístas, não é exatamente um ser antropomórfico, a quem são atribuídas as características humanas, tanto as físicas quanto as emocionais. Ele pode ser compreendido como o princípio vital que anima tudo que existe, como a energia geradora da vida, ou ainda como o motor que move o Universo. Esta visão, naturalmente, vai de encontro às crenças das religiões ortodoxas.

Os deístas crêem que, se uma revelação realmente se concretiza, ela deve valer apenas para quem a recepcionou, não como uma verdade absoluta e universal imposta a todos. Isto significa ver as diversas religiões como emanações distintas de uma mesma verdade divina, embora esta não seja soberana e ilimitada. Assim, este movimento é fruto do Humanismo que permeava o movimento renascentista, o qual posicionava o Homem como centro de tudo, em contraposição ao Teocentrismo, que defendia ser Deus o centro do Universo. O foco principal da cultura humana se transporta de Deus para o Homem.

Neste contexto do nascimento do Deísmo também ocorria uma expansão da Ciência e, portanto, do racionalismo.
Os deístas acreditavam na possibilidade de se criar uma religião natural, de algo que podia ser compreendido por meio do raciocínio. Eles rejeitavam, assim, qualquer fé em milagres ou em acontecimentos sobrenaturais. O Deísmo também defendia que não se podia conhecer a Deus, mas apenas o que ele tinha criado. Era nas leis elaboradas por Deus que o indivíduo deveria se pautar em sua vida. Mas engana-se quem pensa que grande parte dos deístas realmente achava que Deus não interagia de forma alguma com o universo humano, embora alguns assumissem uma posição totalmente agnóstica, pois defendiam que no seu cotidiano o Homem deve se guiar pela Razão.

O Deísmo se difundiu sempre em contextos nos quais o fanatismo imperava, como na Inglaterra, onde ele se estabeleceu em contraposição à Igreja Anglicana e ao radicalismo puritano. Na França este movimento foi disseminado principalmente por Voltaire, que neste país popularizou os escritos deístas ingleses, somados aqui ao sentimento anticlerical dos chamados enciclopedistas. Alguns filósofos, desta forma, acabaram se tornando ateus. Na Alemanha, Kant, um dos principais pensadores alemães, destacava que a moralidade não poderia ser fruto de uma revelação divina, mas era algo inerente à racionalidade humana.
Embora os deístas creiam na existência de vida em esferas que transcendem a matéria, não se deixam seduzir por dogmas ou mitos, e geralmente apresentam alguma espécie de frustração com as religiões tradicionais.